No primeiro semestre deste ano, os segurados receberam um total de R$ 112,6 bilhões em indenizações, benefícios, resgates e sorteios, representando um aumento de 25,3% em comparação com o mesmo período de 2021, excluindo Saúde e DPVAT. Os principais produtos que contribuíram para esse crescimento foram o VGBL, com um aumento de R$ 10,5 bilhões em benefícios e resgates, o seguro rural com pagamentos superiores em R$ 5,9 bilhões aos valores do ano anterior e o seguro auto, com acréscimo de R$ 4,8 bilhões.
No primeiro semestre de 2022, o VGBL registrou R$ 54,2 bilhões em resgates e benefícios (aumento de 24%), o seguro rural pagou R$ 8,5 bilhões em indenizações (aumento de 227%), e o seguro automóvel desembolsou R$ 14,9 bilhões (aumento de 47,2%).
A arrecadação total no primeiro semestre deste ano alcançou R$ 168,8 bilhões, um aumento de 16,3% em relação ao mesmo período do ano anterior. Dyogo Oliveira, presidente da CNseg (Confederação Nacional das Seguradoras), observa que o comportamento observado nos últimos meses mostra um avanço mais significativo das indenizações em relação às receitas, o que era esperado devido a restrições de atividades causadas pela pandemia de COVID-19 no início de 2021 e condições climáticas adversas, especialmente na região Sul do país.
Em junho de 2022, o setor de seguros pagou R$ 18,5 bilhões em indenizações, um aumento de 25,8% em comparação com junho de 2021. A receita do mês foi de R$ 30,9 bilhões, representando um aumento de 11,6% em relação ao mesmo período do ano anterior.
O seguro de Crédito e Garantia apresentou um crescimento significativo em junho, com R$ 278,6 milhões em indenizações, dez vezes mais do que o valor indenizado em junho de 2021. No primeiro semestre, o montante pago nessa modalidade atingiu R$ 822 milhões, um aumento de 73,4% em relação ao primeiro semestre de 2021.
O seguro de crédito visa reduzir o risco de operações de crédito, protegendo o garantido (tomador) contra a inadimplência do segurado (devedor). Já no seguro garantia, a seguradora assume a responsabilidade de quitar obrigações diversas, como contratos de obras, fornecimento de bens ou equipamentos, ou mesmo substituição a depósitos judiciais.
O seguro rural também se destacou em junho, com um aumento de 32,4% nas indenizações em relação ao mesmo mês de 2021, totalizando R$ 651,6 milhões.
Em relação à Saúde Suplementar, no primeiro trimestre de 2022, a arrecadação foi de R$ 62,7 bilhões, um aumento de 5% em relação ao primeiro trimestre de 2021, enquanto as indenizações somaram R$ 53,0 bilhões, um aumento de 12,5% em relação ao mesmo período do ano anterior. Esse segmento também apresentou um avanço mais robusto das indenizações em relação às receitas ao longo do ano de 2022.